Você se
veste para acompanhar as tendências ou de acordo com a sua personalidade?
Com a
chegada da temporada de moda outono-inverno, logo as tendências para 2015
estarão por toda parte e serão as “novas necessidades” das mulheres. Isso
porque muitas são fiéis às “apostas da temporada” sem ao menos questionar se
aquilo tem a ver com sua maneira de se vestir e de estar bem consigo mesma.
Elas buscam referências em quem admiram, em atrizes ou fashionistas, e
mergulham nas tendências ainda que isso signifique usar algo desconfortável ou
que não combine bem com seu corpo.
Esse modismo
de usar o que a coleção impõe faz com que você vire marionete da moda, o que é muito cafona.
Afinal, mais importante do que “estar na moda” é entender que o seu estilo deve
estar à frente de qualquer tendência.
Seja
autêntica
Algumas
mulheres têm muita facilidade para se vestir; já outras (e por que não dizer a
maioria) precisam da mais tempo (ou horas) para se arrumar. Mas quando você
abre o seu guarda-roupa e dá de cara com as opções, o que mais influencia você
no momento de montar um look? Até que ponto as tendências definem a maneira de
como você se veste?
Quanto a
isso, Cristiane Cardoso questiona: “Finge que você nunca viu as celebridades
nem as blogueiras de moda usarem. Finge que você não sabe que todo mundo está
usando, que é a última moda e ‘superfashion’. Será que usaria mesmo assim?”,
interroga a apresentadora.
Quem adere
aos modismos acaba realmente deixando de lado a maneira certa de se vestir, que
deve ser de acordo com a sua personalidade – é ela que faz você se sentir
segura independentemente do que dita o “hit da temporada”.
Convidamos
duas jovens com estilos completamente diferentes para participar de nossa
matéria. Jéssica Silva tem 22 anos (na foto abaixo), é discreta e se apresenta
como sendo “um pouco tímida”. “Meu estilo é clássico, clean. Procuro fugir dos
exageros”, revela. Já Raquel Urbaneja, de 19 anos (na foto acima de azul), é
mais espontânea.
Brincalhona, gosta de fazer as pessoas sorrirem. “Sou
eclética. Em um dia estou com um look mais romântico e no outro estou
totalmente moderna. Amo animal print, maxibrincos, batom vermelho e, claro,
salto alto”, garante. A Folha Mulher as desafiou a se vestirem uma de acordo
com o estilo da outra e, embora o look fosse digno da temporada, a produção
causou certo desconforto.
Jéssica
experimentou usar um longo animal print e se aventurou na “moda dos maxi”. Ela
conta que se perdeu em meio a pulseiras e brincos: “Não sabia me comportar com
tantos acessórios. Pensei: a roupa já está demais, então vou ficar quieta.
Também não usaria muitos acessórios com o batom vermelho. Ou uma coisa ou
outra.”
Já Raquel
deixou as cores no armário e apostou em um look mais sóbrio: “Assim que
terminei de me arrumar, pensei: Preciso passar um batom ou pelo menos colocar
um brinco maior. Também não gostei de usar blazer com a camisa social. A
combinação ficou muito séria. Me senti totalmente diferente do que sou”,
relata.
Questionadas
se vale a pena abrir mão do próprio estilo e da maneira como se sentem
confortáveis para estar na moda, as duas foram enfáticas: “Nunca mudaria para
estar na moda, pois ela muda todos os dias. Não saberia me comportar se um
pouco de mim não estivesse ali”, afirmou Jéssica.
“O
importante é me sentir bem comigo mesma. Não faz sentido abrir mão do seu
estilo só para fazer parte de um padrão que logo muda. Cada um é o que é e
pronto”, confronta Raquel.
Quem escolhe
é você
Somos
bombardeadas diariamente com tantas imagens e novidades que perdemos a noção do
que realmente gostamos – apenas decidimos querer algo estipulado pela moda,
mesmo quando o odiamos à primeira vista.
É o que diz a diretora de criação Nina
Garcia no livro “A Estratégia de Estilo”. Ela também afirma que “as tendências
mudam tão rapidamente que parece ser necessário trocar o guarda-roupa inteiro
três ou quatro vezes por ano para acompanhar o ritmo. Algo fora do controle”,
declara.
A moda deve
ser usada a seu favor para que você se encontre nela e se expresse e não para
ser sua escrava. Quando você faz isso, usufrui dela sem tirar os pés do chão,
pois as novidades funcionarão como combustível para sua criatividade e não como
um mandamento que se deve seguir à risca em nome de tendências que mudam a cada
coleção.
Fonte: Universal.blog